terça-feira, 29 de outubro de 2013

A filosofia da formiga

Eu aprendi com Jim Rohn, um dos maiores filósofos americanos da atualidade, este singelo porém poderoso conceito. A filosofia da formiga. 

Eu passei a admirar as formigas e acho que todos nós deveríamos observar um pouco mais como elas se comportam em seu dia a dia. As formigas têm uma incrível filosofia dividida em quatro partes:

Primeira parte
Formigas nunca desistem
Essa é uma incrível forma de encarar a vida. Sempre que uma formiga tem um objetivo, veja como ela procede. Se você colocar um obstáculo à sua frente ela irá subir pelo obstáculo, irá dar a volta, irá passar por baixo, irá buscar todas as alternativas, se for preciso ela contornará o aposento inteiro para ultrapassar o obstáculo, mas não voltará atrás. Que filosofia fabulosa essa de nunca desistir de buscar a maneira de chegar até onde se propôs, para atingir o seu objetivo.

Segunda parte
Formigas pensam "inverno" durante todo o verão
Essa é outra perspectiva importante para se olhar a vida. Eu não estou dizendo que devemos ficar preocupados com o futuro, com tempos ruins que poderão vir, nada disso. Apenas que nós não podemos ser tão ingênuos de achar que o verão vai durar para sempre. Assim, as formigas trabalham, colhem e guardam durante o verão, para ter o suprimento quando o inverno chegar. Pense além do verão, pois com certeza uma hora ele acaba.

A terceira parte da filosofia da formiga é justamente para amenizar a segunda.
Formigas pensam "verão" durante todo o inverno
E como isso também é importante. Durante o inverno as formigas lembram para elas mesmas que "esse frio, chuva e céu escuro não irá durar para sempre; logo nós estaremos fora na grama verde novamente". E no primeiro dia de calor elas já aparecem em todos os lugares. Se entrar uma frente fria nos primeiros dias da primavera elas se recolhem mais um pouco, mas sabem que uma hora o inverno acaba. Não irá durar para sempre.

Quarta parte
E agora a última parte da filosofia da formiga: quanto uma formiga deverá juntar durante o verão para passar o inverno? A resposta é tudo que ela puder. Que filosofia incrível essa de "tudo quanto eu puder fazer enquanto posso fazer". Ela nos remete a um outro conceito que está inerente aos resultados na vida. Ação positiva, Uau !! Que seminário ou palestra fabulosa isso daria. O Seminário da formiga, nunca desista, pense à frente, mantenha-se positivo, junte o que puder. Que auto-estima elevada e que motivação positiva terão os que praticarem a filosofia da formiga.
Wilson Meiler

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ricos não deixam riquezas para os filhos.


Conheça os ricaços que não deixarão suas fortunas para os filhos


Warren Buffett


O magnata dos negócios Warren Buffett é um excelente investidor e filantropo. Presidente do conselho e diretor executivo da Berkshire Hathaway, ele prometeu doar 99% de sua fortuna antes de morrer. Começou anunciando o direcionamento de 83% para a Fundação Gates, de acordo com a revista "Fortune". Buffett afirmou que quer dar aos seus filhos "o suficiente para que eles sintam que podem fazer tudo, mas não o bastante para que eles acharem que não precisam fazer nada".

Michael Bloomberg


O empresário e político norte-americano Michael Bloomberg recebe um dólar por ano por seu trabalho como prefeito de Nova York. Isso porque seu patrimônio líquido já está acumulado em 19,5 milhões de dólares. Mas Bloomberg também é um ávido filantropo e já doou milhões para a Universidade Johns Hopkins, a Carnegie Corporation e diversas instituições sem fins lucrativos. Em carta à "The Giving Pledge" - uma campanha que estimula as pessoas mais ricas do mundo a doarem grande parte de suas fortunas para causas sociais -, ele afirmou que "boa parte do meu patrimônio será doado daqui a alguns anos ou deixado para a minha fundação".

Gene Simmons


Guitarrista, baixista e fundador da banda de rock Kiss, Gene Simmons pode ser considerado um homem que construiu sua carreira sozinho. Nascido em Israel, ele se mudou para o bairro do Queens, nos EUA, com a mãe e começou um grupo que acabaria vendendo mais de 100 milhões de discos ao longo dos anos. Simmons quer o mesmo para seus filhos Nick e Sophie. Ele disse para a CNBC (um canal de negócios da NBC) uma vez que "em termos de herança, eles terão o suficiente para viverem seguros, mas não ficarão ricos com a minha fortuna. Isso faria com que eles levantassem todos os dias da cama e saíssem para trabalhar, traçando os próprios caminhos". Ainda não se sabe para onde vão os 300 milhões de dólares do roqueiro depois que ele se for.

Bill Gates


O fundador e CEO da Microsoft, Bill Gates, é o segundo homem mais rico do mundo, segundo a Forbes. Mas ele e a esposa Melinda não estão interessados em guardar o dinheiro para eles mesmos ou para os filhos. "Eu não iria gostar da ideia de dar tudo para os meus filhos. Isso não seria bom para eles ou para a sociedade", disse ao jornal "The Sun", em 2010. Em 1994, o casal fundou a fundação Bill & Melinda Gates, que hoje já possui 37 bilhões de dólares em ativos e ajuda a desenvolver pesquisas para cura da Aids. A organização foi a responsável pela criação da campanha "The Giving Pledge", que convida as pessoas mais ricas do mundo a doar grande parte de suas fortunas.

Jackie Chan


O ator Jackie Chan anunciou em 2011 a decisão de doar metade da sua fortuna para associações de caridade quando morrer. Ele ainda acrescentou que não planeja deixar para seu filho Jaycee todos os milhões de dólares que ganhou ao longo da carreira. "Se ele for capaz, vai saber ganhar o próprio dinheiro. Se não for, estará apenas desperdiçando o meu", declarou ao canal "NewsAsia"

Pierre Omidyar


Desde que Pierre Omidyar se tornou um bilionário, aos 31 anos, o fundador do eBay fez das doações um trabalho. A maioria de sua fortuna vai para os mais necessitados ao invés de para seus três filhos, de acordo com a revista "Forbes". Ele iniciou sua participação no "The Giving Pledge" em 2010 e continuamente transfere ações do eBay para o seu próprio fundo filantrópico chamado Omidyar Network. Pierre e a esposa são os maiores doadores para a campanha que luta contra a indústria do tráfico humano.

Nigella Lawson


A chef de cozinha Nigella Lawson é uma autora britânica best-seller e uma personalidade televisiva. Fez a sua fortuna antes mesmo de se casar com magnata da publicidade e colecionador de arte, Charles Saatchi. Embora ela tenha nascido em uma família rica, não pretende dar a mesma vantagem aos seus dois filhos. "Estou determinada a não deixar meus filhos em uma situação financeira segura. Não ter que ganhar dinheiro é um fato que destrói as pessoas", afirmou. Ela justificou dizendo que não pretende deixar seus filhos completamente desamparados financeiramenta, mas acrescentou que eles terão de se sustentar quando terminarem a escola

Ted Turner


Robert Edward Turner, magnata da mídia e filantropo conhecido como Ted Turner, é um dos grandes sócios do grupo Time Warner. Conhecido não só por ganhar dinheiro, também é popular por fazer recorrentes doações. Depois de fazer sua fortuna com a fundação dos canais CNN e TBS, Turner já chegou a doar literalmente bilhões de dólares para causas sociais, como a Fundação das Nações Unidas. O empresário tem cinco filhos, frutos de três casamentos, mas eles não devem esperar uma gorda herança do pai, que disse, em 2010, estar "quase à beira da pobreza" e que só queria dinheiro suficiente para cobrir os gastos quando ele morrer.

Andrew Lloyd Webber


Tendo acumulado centenas de milhões de dólares e se tornado um dos maiores compositores teatrais do mundo, Andrew Lloyd Webber pretende usar sua fortuna para encorajar o ensinamento das artes. Ele disse uma vez que "testamento é uma coisa que você começa a pensar quando chega na minha idade. Eu não acho que deveria ter peso sobre crianças e netos. Ele deve ser usado para inventivar as artes". Os cinco filhos do compositor ficarão com o suficiente para se manterem, mas a maior parte irá para programas de arte.

George Lucas


O produtor e diretor George Lucas começou a participar da campanha "The Giving Pledge" em julho de 2010, prometendo doar, pelo menos, metade da sua fortuna para instituições de caridade. "Dedico a maioria de todo o meu dinheiro no aprimoramento da educação", disse. Pai de quatro filhos, George declarou que iria vender a LucasFilm para a Disney por 4 bilhões de dólares e destinaria toda a renda para doação.

Revista Veja

domingo, 4 de agosto de 2013

O professor que reprovou a classe inteira

O professor que reprovou a classe inteira

Rene Magritte
Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.

Esta classe em particular havia insistido que o socialismo realmente funcionava: com um governo assistencialista intermediando a riqueza ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.

O professor então disse, "Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." 

Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas'. Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A".

Após calculada a média da primeira prova todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Já aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como um resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um "F". As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina... Para sua total surpresa.

O professor explicou: 
"o experimento socialista falhou porque quando a recompensa é grande o esforço pelo sucesso individual é grande. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto o exemplo de Cuba, Coréia do Norte, Venezuela e o Brasil e Argentina, que estão chegando lá.."

1. Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
2. Para cada um recebendo sem ter de trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;
3. O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4. Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividí-la
5. Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

Estas premissas são, praticamente todas, inspiradas no Decálogo de Abraam Lincoln (1809 - 1865), 16º Presidente dos Estados Unidos da América:

1 - Você não pode criar prosperidade desalentando a Iniciativa Própria;
2 - Você não pode fortalecer o fraco, enfraquecendo o forte;
3 - Você não pode ajudar os pequenos, esmagando os grandes;
4 - Você não pode ajudar o pobre, destruindo o rico;
5 - Você não pode elevar o salário, pressionando a quem paga o salário;
6 - Você não pode resolver seus problemas enquanto gasta mais do que ganha;
7 - Você não pode promover a fraternidade da humanidade, admitindo e incitando o ódio de classes;
8 - Você não pode garantir uma adequada segurança com dinheiro emprestado;
9 - Você não pode formar o caráter e o valor do homem lhe tirando sua independência (liberdade) e iniciativa;
10 - Você não pode ajudar aos homens permanentemente, realizando por eles o que eles podem e devem fazer por si mesmos

quinta-feira, 20 de junho de 2013

“Crise profunda” com indústria e emprego em alta?

“Crise profunda” com indústria e emprego em alta?

20 de Jun de 2013 | 14:06
Os dados divulgados esta manhã pelo IBGE mostram que “crise”, mesmo, só existe no mercado financeiro e cambial, puxada por fatores externos: basicamente, a perspectiva de alta dos juros dos títulos do Tesouro dos EUA.
O índice de desemprego continua em patamares baixíssimos, 5,8%, de fazer inveja a uma Europa que se debate com um índice de desocupação que anda nos dois dígitos e, mesmo com a recente recuperação, nada pelos 7,5% e que, para os otimistas, só em 2016, baixará para 6,5%,
Também parou a erosão do rendimento do trabalho de fato ocorrida em janeiro.
Mas estamos “em crise”, não é?
E os adversários políticos e a mídia deitam falação sobre o que tem e o que não tem de ser feito.
Então, vamos dar uma refrescada na memória que não termina no gráfico aí de cima.
Em maio de 2003, logo após a posse de Lula, a renda média mensal dos trabalhadores brasileiros era de R$ 1.444,14, em dinheiro de hoje, corrigido pela inflação.
Dez anos depois é de R$ 1.863,60, 29% maior, em valores reais, deflacionados.
A massa total de salários, que soma tudo o que é recebido como rendimento do trabalho cresceu ainda mais, com o aumento da população empregada.
Passamos de R$ 26,8 bilhões, em 2003 (sempre em valores de hoje) para R$ 43.3 bilhões. Um salto de 62,8%, em valores reais.
Alguém duvida que foi isso que alimentou a expansão da economia brasileira, muito mais do que qualquer fluxo de capital estrangeiro?
É preciso manter o sangue-frio e não jogar fora a criança junto com a água do barco.
Estamos assistindo a um possível refluxo da “enxurrada de dólares” que a crise nos países desenvolvidos despejou sobre nós. As reservas brasileiras, imensamente maiores do que eram há uma década, são uma espécie de “tanque” que tem capacidade além da necessária para equilibrar a maré.
O que não é possível é, em nome do fluxo de capitais financeiros, destruirmos as bases reais da economia: produção, emprego, renda e consumo.
Por: Fernando Brito

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Pugliesi defende rigor da PF em investigação da Operação Fractal



O deputado estadual Waldyr Pugliesi (PMDB) defendeu, em pronunciamento nesta segunda-feira (29), rigor nas investigações da Operação Fractal, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na madrugada da última quinta-feira (25). O monitoramento, iniciado pela PF em 2010, resultou na prisão de um assessor lotado no gabinete do deputado e de policiais militares e civis, acusados de contrabando de cigarro na fronteira do Brasil com o Paraguay.

“Surpreso pelos acontecimentos do dia 25 de abril, venho a esta tribuna, para fazer um relato racional e verdadeiro em relação àquilo que aconteceu”, declarou Pugliesi. O deputado informou que estava com tudo programado para viajar a sua região, para compromissos pré-agendados.

Pugliesi informou que foi acionado por um diretor da Assembleia sobre a existência de um mandado de busca e apreensão que deveria ser executado na sala de um dos seus funcionários. Ele destacou que orientou a abertura de todo o gabinete, o que foi prontamente recusado pelos agentes da PF.

O deputado recordou parte de sua trajetória na vida pública com 10 mandatos – três vezes prefeito de Arapongas – e nunca teve as contas rejeitas. Pugliesi é um dos fundadores do MDB-PMDB do Paraná e em 1988 foi deputado federal na legislatura que elaborou a Constituição Brasileira.

Pugliesi citou uma frase do escritor Ortega e Gasset: “O homem é ele mesmo e as suas circunstâncias”. “Estava numa circunstância criada e aqui defendo até as últimas consequências a atuação do Judiciário, da Polícia Federal, de todos aqueles que têm que cumprir com a sua obrigação”.

“Me coloquei inteiramente a vontade logo no primeiro minuto. Defendo o total rigor nesta investigação”, frisou. “Estou aqui por que quero dar satisfações aos amigos, aos companheiros, aquelas pessoas que conheço, com as quais convivi e com as quais que não convivi”, informou.

O deputado Ênio Verri, presidente estadual do PT, disse em aparte que Pugliesi não devia explicação para nenhum dos demais deputados. “Tem a nossa total confiança. Sou solidário e pode contar conosco sempre. A sua trajetória política é a sua melhor resposta”, concluiu.

O líder do PMDB, Teruo Kato, disse que Pugliesi tem o total apoio da bancada pela sua história e trajetória como político. “Também pela sua conduta em todos os mandatos que exerceu, pela sua luta e embate. Além do mais, todos que estão na vida pública estão sujeitos a este tipo de situação”, destacou.

O líder do governo, Ademar Traiano (PSDB) também prestou solidariedade a Pugliesi. “Não tenho dúvida alguma do sofrimento seu e de sua família neste momento em que foi pego de surpresa, assim como todos nós”.

O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), falou em nome dos demais parlamentares. Rossoni destacou a lisura e a conduta do deputado, que atestam sua idoneidade frente às denúncias.

Ao final do discurso, Pugliesi foi aplaudido pelos deputados que fizeram questão de cumprimenta-lo. O deputado Ney Leprevost (PSD), que falou logo após, dedicou parte de seu pronunciamento para enaltecer a história política de Waldyr Pugliesi.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A importância da negociação



Luann Ostergaard
Negociar implica definir e buscar objetivos, relacionamento interpessoal e decisão compartilhada.

Competências altamente desejáveis em todos os profissionais independente da área de atuação.

Negociamos diariamente, a partir do momento em que saltamos da cama (quando não negociamos com o relógio, alguns minutinhos de sono) até o final de nossas atividades no dia-a-dia. Não importa se estamos no trabalho, na escola, no clube, em trânsito ou com a família. Negociamos com clientes e fornecedores sobre prazos, comissões, descontos; mudanças no horário de aulas e troca de professores, mesada de filhos, pagamento de contas em atraso, que restaurante escolher, tarifas de serviços e por ai vai.

Para todas as criaturas além do homem a lei do mais forte é a essência da negociação. O homem é, portanto, o único animal capaz de negociar como alternativa da força bruta.
O cotidiano nos envolve com tamanha intensidade que não nos atemos a respeito da importância de dominarmos algumas técnicas de negociação que quando bem aplicadas, proporcionam economia nos gastos do orçamento, redução do estresse, melhoria nos relacionamentos e por que não, elevam nosso astral.


Quando negociamos um contrato, por exemplo, e percebemos que chegar a um acordo está muito difícil, nos perguntamos. Por que a outra parte não concorda, se a proposta é tão boa para ambos? A resposta provável é que você não fez a preparação adequada antes da negociação e uma das quatro perguntas fundamentais antes de entrar para negociar são:

Quem vai negociar comigo?
Qual é o assunto?
O que eu quero ao final dessa negociação?

São perguntas bem simples, mas que nem sempre conhecemos os três ingredientes de qualquer negociação: as pessoas, o que está em negociação e a proposta. A preparação é sem dúvida a fase mais importante e trabalhosa de uma negociação. Com boa preparação, os negociadores eficazes abocanham a melhor fatia e fecham os melhores acordos. 

Há muito mais aspectos em jogo numa negociação aparentemente simples, que muitas vezes não são consideradas como as expectativas do outro, suas emoções, desejos, sentimentos, valores, crenças e necessidades. Negociar implica também na capacidade de perceber o outro. Estar atento para a outra parte envolvida. 

Diz um velho provérbio: “Se tenho dez horas para cortar a árvore vou passar nove horas afiando o machado” · 

Adiciona-se a esses componentes o estilo próprio de cada negociador.
Existem numa extremidade os negociadores controladores, manipuladores, duros e há os negociadores suaves, apoiadores que evitam o conflito. Os de estilo baseado em princípios e valores normalmente buscam ganhos mútuos. Finalizando, nunca negocie nada sem antes ter uma alternativa, uma válvula de escape, caso a outra parte diga não. Entrar numa negociação com essa alternativa passa confiança, coragem e o equilíbrio desejado nas concessões que certamente você terá de fazer para chegar a um bom acordo.
Adriana Gomes, Psicóloga

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Racismo + Discriminação.

Eis o perigo de mexer com pessoas inteligentes....
O humorista Danilo Gentili postou a seguinte piada no seu twitter:
"King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?"
A ONG Afrobras se posicionou contra: "Nos próximos dias devemos fazer uma carta de repúdio. Estamos avaliando ainda uma representação criminal", diz José Vicente, presidente da ONG. "Isso foi indevido, inoportuno, de mau gosto e desrespeitoso. Desrespeitou todos os negros brasileiros e também a democracia. Democracia é você agir com responsabilidade" , avalia Vicente.
Alguns minutos após escrever seu primeiro "twitter" sobre King Kong, Gentili tentou se justificar no microblog:
"Alguém pode me dar uma explicação razoável por que posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?" (GENIAL) "Na piada do King Kong, não disse a cor do jogador. Disse que a loira saiu com o cara porque é famoso. A cabeça de vocês é que têm preconceito."
Mas, calma! Essa não foi a tal resposta genial que está no título, e sim ESTA:
"Se você me disser que é da raça negra, preciso dizer que você também é racista, pois, assim como os criadores de cachorros, acredita que somos separados por raças. E se acredita nisso vai ter que confessar que uma raça é melhor ou pior que a outra, pois, se todas as raças são iguais, então a divisão por raça é estúpida e desnecessária. Pra que perder tempo separando algo se no fundo dá tudo no mesmo?
Quem propagou a ideia que "negro" é uma raça foram os escravagistas. Eles usaram isso como desculpa para vender os pretos como escravos: "Podemos tratá-los como animais, afinal eles são de uma outra raça que não é a nossa. Eles são da raça negra".
Então quando vejo um cara dizendo que tem orgulho de ser da raça negra, eu juro que nem me passa pela cabeça chamá-lo de macaco, MAS SIM DE BURRO.
Falando em burro, cresci ouvindo que eu sou uma girafa. E também cresci chamando um dos meus melhores amigos de elefante. Já ouvi muita gente chamar loira caucasiana de burra, gay de v***** e ruivo de salsicha, que nada mais é do que ser chamado de restos de porco e boi misturados.
Mas se alguém chama um preto de macaco é crucificado. E isso pra mim não faz sentido. Qual o preconceito com o macaco? Imagina no zoológico como o macaco não deve se sentir triste quando ouve os outros animais comentando:
- O macaco é o pior de todos. Quando um humano se xinga de burro ou elefante dão risada. Mas quando xingam de macaco vão presos. Ser macaco é uma coisa terrível. Graças a Deus não somos macacos.
Prefiro ser chamado de macaco a ser chamado de girafa. Peça a um cientista que faça um teste de Q.I. com uma girafa e com um macaco. Veja quem tira a maior nota.
Quando queremos muito ofender e atacar alguém, por motivos desconhecidos, não xingamos diretamente a pessoa, e sim a mãe dela. Posso afirmar aqui então que Darwin foi o maior racista da história por dizer que eu vim do macaco?
Mas o que quero dizer é que na verdade não sei qual o problema em chamar um preto de preto. Esse é o nome da cor não é? Eu sou um ser humano da cor branca. O japonês da cor amarela. O índio da cor vermelha. O africano da cor preta. Se querem igualdade deveriam assumir o termo "preto" pois esse é o nome da cor. Não fica destoante isso: "Branco, Amarelo, Vermelho, Negro"?. O Darth Vader pra mim é negro. Mas o Bill Cosby, Richard Pryor e Eddie Murphy que inspiram meu trabalho, não. Mas se gostam tanto assim do termo negro, ok, eu uso, não vejo problemas. No fim das contas, é só uma palavra. E embora o dicionário seja um dos livros mais vendidos do mundo, penso que palavras não definem muitas coisas e sim atitudes.
Digo isso porque a patrulha do politicamente correto é tão imbecil e superficial que tenho absoluta certeza que serei censurado se um dia escutarem eu dizer: "E aí seu PRETO, senta aqui e toma uma comigo!". Porém, se eu usar o tom correto e a postura certa ao dizer "Desculpe meu querido, mas já que é um afrodescendente, é melhor evitar sentar aqui. Mas eu arrumo uma outra mesa muito mais bonita pra você!" Sei que receberei elogios dessas mesmas pessoas; afinal eu usei os termos politicamente corretos e não a palavra "preto" ou "macaco", que são palavras tão horríveis.
Os politicamente corretos acham que são como o Superman, o cara dotado de dons superiores, que vai defender os fracos, oprimidos e impotentes. E acredite: isso é racismo, pois transmite a ideia de superioridade que essas pessoas sentem de si em relação aos seus "defendidos"
Agora peço que não sejam racistas comigo, por favor. Não é só porque eu sou branco que eu escravizei um preto. Eu juro que nunca fiz nada parecido com isso, nem mesmo em pensamento. Não tenham esse preconceito comigo. Na verdade, SOU ÍTALO-DESCENDENTE. ITALIANOS NÃO ESCRAVIZARAM AFRICANOS NO BRASIL. VIERAM PRA CÁ E, ASSIM COMO OS PRETOS, TRABALHARAM NA LAVOURA. A DIFERENÇA É QUE ESCRAVA ISAURA FEZ MAIS SUCESSO QUE TERRA NOSTRA.
Ok. O que acabei de dizer foi uma piada de mau gosto porque eu não disse nela como os pretos sofreram mais que os italianos. Ok. Eu sei que os negros sofreram mais que qualquer raça no Brasil. Foram chicoteados. Torturados. Foi algo tão desumano que só um ser humano seria capaz de fazer igual. Brancos caçaram negros como animais. Mas também os compraram de outros negros. Sim. Ser dono de escravo nunca foi privilégio caucasiano, e sim da sociedade dominante. Na África, uma tribo vencedora escravizava a outra e as vendia para os brancos sujos.
Lembra que eu disse que era ítalo-descendente? Então. Os italianos podem nunca ter escravizados os pretos, mas os romanos escravizaram os judeus. E eles já se vingaram de mim com juros e correção monetária, pois já fui escravo durante anos de um carnê das Casas Bahia.
Se é engraçado piada de gay e gordo, por que não é a de preto? Porque foram escravos no passado hoje são café com leite no mundo do humor? É isso? Eu posso fazer a piada com gay só porque seus ancestrais nunca foram escravos? Pense bem, talvez o gay na infância também tenha sofrido abusos de alguém mais velho com o chicote.
Se você acha que vai impor respeito me obrigando a usar o termo "negro" ou "afrodescendente" , tudo bem, eu posso fazer isso só pra agradar. Na minha cabeça, você será apenas preto e eu, branco, da mesma raça - a raça humana. E você nunca me verá por aí com uma camiseta escrita "100% humano", pois não tenho orgulho nenhum de ser dessa raça que discute coisas idiotas de uma forma superficial e discrimina o próprio irmão."

terça-feira, 2 de abril de 2013

País da corrupção


Quando você perceber que, para produzir precisa obter a autorização de quem não produz nada;

quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; 

quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho; 

que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; 

quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada 
Ayn Rand

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Antipatias e Simpatias


Todos temos antipatias e simpatias. O que não podemos permitir é que nossas antipatias e simpatias interfiram em nosso trabalho ou em nossos negócios de forma a prejudicá-los. Conheço pessoas que deixam suas antipatias e simpatias conduzirem suas vidas profissionais e, obviamente, perdem enormes chances de vencer na empresa e realizar excelentes negócios. 

Temos de ter em mente que todos temos o direito e, muitas vezes, o dever de trabalhar com pessoas por quem não temos muita simpatia e que não nutrem simpatia por nós. Uma antipatia entre gerentes pode prejudicar a qualidade de produtos e serviços de uma empresa inteira. Uma antipatia entre diretores pode fazer com que a empresa perca fornecedores essenciais. Uma antipatia entre secretárias pode fazer com que informações vitais não cheguem às pessoas certas, na hora certa, da forma certa.

Da mesma forma, uma descontrolada simpatia pessoal pode fazer com que se favoreçam pessoas, departamentos e empresas de forma pouco crítica. Muitas pessoas querem ajudar amigos usando a empresa como meio, sem levar em conta a competência desse amigo ou mesmo as condições em que esse favorecimento é feito.

Assim, é preciso que cada pessoa analise bem suas antipatias e simpatias. É preciso que todos façamos um exame de consciência para perceber se não estamos perdendo o necessário equilíbrio, deixando que essas emoções nos prejudiquem e nos façam cometer injustiças.

Antipatias e simpatias existem e sempre existirão. Sempre teremos mais prazer em trabalhar e negociar com pessoas que nos são simpáticas. Mas temos que reconhecer a diversidade da espécie humana e compreender que não é possível agradar a todos, ser simpático a todas as pessoas. Da mesma forma como nutrimos antipatias e simpatias por outras pessoas é preciso compreender que as outras pessoas também nos acharão simpáticos ou antipáticos e isso não deve ser fator impeditivo para nosso sucesso profissional. Num time de futebol ou de qualquer outro esporte coletivo, com certeza há simpatias e antipatias entre jogadores. Mas isso não pode impedir que a bola seja passada àquele que estiver melhor colocado para marcar o tento da vitória.

Nesta semana, veja se você não está permitindo que suas antipatias ou simpatias assumam o controle de sua vida profissional.
Pense nisso. 
Sucesso!
Luiz Marins

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

(Intervalo ) Jean Claude Borelly-Dolannes Melodie

Julgamento

Um jovem de 24 anos, olhando pela janela do trem gritou: ”Pai, olhe as


árvores andando para trás.!!!” O pai sorriu, e um casal que estava sentado

próximo a eles, olhou o comportamento infantil do rapaz de 24 anos com

piedade.

De repente, novamente o rapaz exclamou: ”Pai, veja as nuvens correndo com

a gente”.

O casal não resistiu. Eles pensaram que o rapaz era mentalmente deficiente

e disseram …para o velho: Por que você não o leva a um bom médico?

O velho sorriu e disse….”eu fiz isso, acabamos de sair do hospital, meu

filho era cego de nascença e acabou de ganhar esses olhos hoje.”

Moral : Cada pessoa no planeta tem uma historia.. Não julgue as pessoas

antes de realmente conhece-las. A verdade pode te surpreender!!!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O Valioso Tempo dos Maduros


Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. 

Tenho muito mais passado do que futuro. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroco. 

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha vida. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. 

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdo, apenas os rótulos. 

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa… 

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade… Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E pra mim basta o essencial!
Rubem Alves

Espontaneidade do amor


Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. 

Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. 

Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. 

Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.
Clarice Lispector

Chorei por gente que nunca conheci


"A distância faz umas coisas engraçadas com o coração da gente, torna-o frouxo, contamina o sangue com emoções cruas, cria imunidade contra a razão. De muito longe, eu acompanhei, no domingo, pelo Twitter, as notícias do incêndio na boate Kiss — “beijo”, seria a sua tradução para o português. Beijo da morte.
Alguém escreveu, “Quando um filho perde um pai, ele vira órfão. Quando um pai perde um filho, ele é o quê? Nada, mais nada”.
Do banco de passageiros do meu Chevrolet Malibu, atravessando o deserto ao longo da fronteira do México com o Arizona, onde sou chefe de redação do “New York Times”, chorei — por gente que nunca conheci, por futuros interrompidos.
Minha filha de 3 anos cochilava no banco de trás.
Chorei de raiva pelas mortes desnecessárias. Por que não havia uma luz iluminando a única saída de emergência da boate? Por que não havia outras saídas de emergência? Por que ninguém se deu conta da estupidez que é brincar com pólvora, ingrediente chave de efeitos pirotécnicos, em lugares cheios, fechados e forrados com um tipo de isolante acústico altamente inflamável?

No dia seguinte, enquanto os mortos eram velados em um ginásio, a perícia examinava os escombros e a polícia detinha os mais prováveis culpados: os integrantes da banda e um dos sócios da boate. O povo tem sede de justiça. As detenções são o seu copo d’água.
Temos raiva, mas não é raiva que impulsiona mudanças.
Um dia após a tragédia, prefeitos de várias cidades decidem intensificar a fiscalização de casas noturnas, como se, de supérfluo, segurança tivesse passado a ser necessidade.
As causas do incêndio em Santa Maria não são únicas. Mas, mesmo neste mundo globalizado em que vivemos, lições que poderiam ter sido aprendidas com semelhantes tragédias ocorridas em outros países, em um passado não tão distante, não cruzaram fronteiras.

Em 2003, os escombros de uma boate em Rhode Island, nos Estados Unidos, ainda esfumaçavam quando eu cheguei por lá para apurar uma matéria sobre um incêndio que havia matado cem pessoas durante o show de uma banda de rock.
O fogo começou quando uma faísca dos efeitos pirotécnicos usados pela banda pegou no isolante acústico que forrava o palco. As chamas se espalharam rapidamente. Uma fumaça tóxica, asfixiante, encheu o lugar, sugando o ar de quem tentava respirar para manter-se vivo. As luzes se apagaram; não havia como achar à saída de emergência. Houve gente que morreu no banheiro, pensando, talvez, que a sua porta de entrada fosse, na verdade, porta de saída.

A boate de Rhode Island estava super-lotada. A Kiss estava “megamente lotada”, como escreveu o DJ trabalhando na noite do incêndio, na sua página do Facebook.
Os donos da boate de Rhode Island — um deles, na época, um respeitado repórter de televisão — responderam a processos civis e criminais. Não admitiram a culpa, mas também não contestaram as acusações, uma manobra legal que lhes permitiu serem condenados sem serem julgados. O ex-repórter cumpriu pena suspensa de prisão por dez anos. O seu sócio passou três anos na prisão. Os familiares das vítimas e os sobreviventes receberam mais de US$ 150 milhões em indenizações.

O incêndio em Rhode Island poderia ter sido evitado, assim como o incêndio na boate República Cromagnon em Buenos Aires em 2004, que matou 194 pessoas 11 anos após o governo argentino ter imposto uma séria de exigências às casas noturnas do país, entre elas a instalação de múltiplas saídas de emergência. O ímpeto para essas exigências? Um incêndio em uma boate em Buenos Aires em 1993, que matou 17 jovens durante uma festa de formatura.

Na noite em que pegou fogo, a República Cromagnon tinha alvará de funcionamento, mas não tinha extintores de incêndio.
O tempo passa, a gente se esquece dos perigos evitáveis, esquece das regras, esquece das leis, molha a mão do fiscal para que ele ignore a ausência do que deveria estar presente.
Dinheiro e cadeia são elementos importantes do esforço de se fazer justiça.
Raiva e choro são catárticos para o coração de quem está longe ou perto; para a dor, não existem fronteiras.

O que causa mudanças são regras — impostas, sim, mas de que vale uma regra imposta se ela não é respeitada?"
Fernanda Santos - “The New York Times” 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

No Maranhão

Para nascer, Maternidade Marly Sarney;
- Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney;
- Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney;
- Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney;
- Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário, do tal José Sarney;
- Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor);
- Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas ‘maravilhosas’ rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney.
Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney…
Seria cômico se não fosse tão triste….
Infelizmente, o texto é verdadeiro…
MAS QUANDO ALGUÉM DA FAMÍLIA SARNEY FICA DOENTE, O MELHOR HOSPITAL DO MARANHÃO É O AEROPORTO, NUM VÕO PAGO COM DINHEIRO DO CONTRIBUINTE PARA SÃO PAULO, E RESERVA ASSEGURADA NO HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS OU ALBERT EINSTEIN.