Pesquisa revela quais profissionais de maior e pior credibilidade no Brasil
Uma recente pesquisa apontou algumas das profissões de maior credibilidade no nosso país. Os bombeiros militares é a campeã absoluta. Desde 2004, esses profissionais mantêm o primeiro lugar da Pesquisa Futura sobre Credibilidade das Profissões. Os carteiros, mesmo perdendo confiança de 2007 para 2009, são os profissionais com a segunda maior credibilidade, com 68,3% de confiança, posição antes assumida pelos professores em 2007. Os professores (64,9%) e engenheiros (59,2%) vêm em seguida. Os jornalistas (56,7%), médicos (47,3%) e líderes religiosos (padres e pastores) (45%) assumiram a quinta, sexta e sétima posições, respectivamente. A profissão dos jornalistas foi a que apresentou maior crescimento em termos de pontos percentuais ao longo de sua série histórica, se comparada a todas os profissionais pesquisados, passando de 43,3% em 2004 para 56,7% em 2009. Os economistas assumiram o 8º lugar no ranking das 14 profissões pesquisadas. De 2007 a 2009 o crescimento foi de 3,4 pontos percentuais e de 2004 a 2009 o crescimento foi de 13,1 pontos percentuais, sendo a segunda profissão com o maior crescimento ao longo de sua série histórica. Os servidores públicos e juízes ficaram em 9º e 10º lugares no ranking. De 2007 a 2009 os juízes obtiveram um ganho de 1,1 ponto percentual, mantendo-se relativamente estáveis. Em seguida aparecem os empresários, advogados e policiais (civis e militares). Os empresários obtiveram o maior crescimento de confiança entre 2007 e 2009, passando de 25,3% para 37,9%. Os políticos foram os profissionais com pior avaliação a partir da opinião da população capixaba. Esses profissionais apresentaram um percentual de 5,9% de confiança entre os entrevistados. A desconfiança é maior entre os moradores de Serra e entre os homens. Fonte: Gazeta Online/Paraná Gospel
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Humildade
Quando a pessoa não sabe; não sabe que não sabe, e não quer
saber, é ignorante.
Quando a pessoa não sabe; e sabe que não sabe, e quer saber, é
humilde.
saber, é ignorante.
Quando a pessoa não sabe; e sabe que não sabe, e quer saber, é
humilde.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS!!
Separem alguns minutos para lerem isso. Vale a pena!!
A revista Isto é publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional. “Cuidado com os burros motivados”
Em “Heróis de Verdade”, o escritor combate a supervalorização das Aparências e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima
ISTOÉ: Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki: Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
ISTOÉ: O Sr. Citaria exemplos?
Shinyashiki: Quando eu nasci, minha mãe era empregada domestica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”. É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vitima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa esta na depressão das aparências, que acomete a mulher que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTOÉ: Qual o resultado disso?
Shinyashiki: Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Alias, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTOÉ: Por quê?
Shinyashiki: O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela precisava mostrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Ate porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações publicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTOÉ: Há um script estabelecido?
Shinyashiki: Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz? “Qual é seu defeito”? Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: “Eu mergulhei de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar”. È exatamente o que o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, a maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: “Sabe, Roberto, ninguém chega a vice-presidência sem mentir”. Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?
ISTOÉ: Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki: Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não tem capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o pior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTOÉ: Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki: Falta as pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que esta tudo bem.
ISTOÉ: Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki: Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar o casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: “Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham”. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTOÈ: O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki: Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria tem dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se eles entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTOÈ: Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki: Tenho minhas angustias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há varias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença celebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: “Quem decidiu publicar este livro?”Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTOÈ: Como as pessoas podem se livrar dessa tirania de aparência?
Shinyashiki: O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três franquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje o erro das escolas de musica é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai. O B.B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
ISTOÈ: Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki: A sociedade quer definir o que é certo. São quatro Loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam 9 ou 10 pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o medico pela camisa e diz: “Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora quero aproveitá-la e ser feliz”. Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ai eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Nunca ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido varias oportunidades para aproveitar a vida.
A revista Isto é publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional. “Cuidado com os burros motivados”
Em “Heróis de Verdade”, o escritor combate a supervalorização das Aparências e diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima
ISTOÉ: Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki: Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
ISTOÉ: O Sr. Citaria exemplos?
Shinyashiki: Quando eu nasci, minha mãe era empregada domestica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito “100% Jardim Irene”. É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vitima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa esta na depressão das aparências, que acomete a mulher que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTOÉ: Qual o resultado disso?
Shinyashiki: Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Alias, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.
ISTOÉ: Por quê?
Shinyashiki: O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela precisava mostrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Ate porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações publicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.
ISTOÉ: Há um script estabelecido?
Shinyashiki: Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de multinacional no programa O aprendiz? “Qual é seu defeito”? Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: “Eu mergulhei de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar”. È exatamente o que o Chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, a maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse: “Sabe, Roberto, ninguém chega a vice-presidência sem mentir”. Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?
ISTOÉ: Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki: Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não tem capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o pior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTOÉ: Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki: Falta as pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que esta tudo bem.
ISTOÉ: Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki: Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico. Quem vai salvar o casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: “Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham”. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTOÈ: O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki: Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria tem dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se eles entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTOÈ: Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki: Tenho minhas angustias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há varias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença celebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: “Quem decidiu publicar este livro?”Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTOÈ: Como as pessoas podem se livrar dessa tirania de aparência?
Shinyashiki: O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três franquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje o erro das escolas de musica é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai. O B.B. King ou o Keith Richards. Os MBAs têm o mesmo problema ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
ISTOÈ: Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki: A sociedade quer definir o que é certo. São quatro Loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo que puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de fazer coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema. Quando era recém-formado em São Paulo trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam 9 ou 10 pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o medico pela camisa e diz: “Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora quero aproveitá-la e ser feliz”. Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ai eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Nunca ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido varias oportunidades para aproveitar a vida.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Mário Quintana
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Câmara aprova mini-reforma eleitoral
A Câmara aprovou nesta quarta-feira a reforma eleitoral com novas regras que podem entrar em vigor nas eleições de 2010. A votação foi em tempo recorde na Câmara, um dia depois de ser aprovada no plenário do Senado. Com a aprovação, o texto segue para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem até o dia 2 de outubro para sancioná-lo a tempo de vigorar nas eleições de 2010.
Veja como ficou o texto final da reforma eleitoral aprovada pelo Congresso:
Campanha na internet
Como é: Uma resolução editada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permite campanha eleitoral na internet apenas nos sites oficiais dos candidatos ou partidos.
Como fica: O Congresso aprovou a reforma eleitoral sem restrições à internet no período de campanhas eleitorais. Os parlamentares aprovaram emenda que libera a atuação de sites jornalísticos, blogs e sites de relacionamentos durante as campanhas. Há apenas a proibição do anonimato aos jornalistas e a garantia de direito de resposta aos candidatos que se sentirem ofendidos. Os sites também podem realizar debates entre os candidatos sem as regras aplicadas às rádios e televisões.
Propaganda política na internet
Como é: Os sites oficiais dos candidatos ou partidos têm que sair do ar 48 horas antes da disputa e só podem ser reativados 24 horas depois do pleito.
Como fica: Os parlamentares tiraram da reforma o artigo que proibia a veiculação de propaganda política na internet desde 48 horas antes do pleito até 24 horas depois da eleição. Pelo texto aprovado, os candidatos podem fazer propaganda em seus sites oficiais, ou dos partidos, mesmo no dia da eleição.
Cassação de mandatos
Como é: Não existe lei. O TSE fixou um entendimento de que quando um político eleito em primeiro turno for cassado, o Estado ou município deve realizar uma nova eleição direta. Nos casos em que a disputa foi decidida em segundo turno, geralmente, o segundo colocado assume o mandato. No entanto, se a perda do mandato for determinada após o político ter cumprindo dois anos de mandato, o novo ocupante deve ser indicado pela Assembleia Legislativa local. Quando o político cassado não teve mais da metade dos votos [geralmente em caso de segundo turno], se anula os votos do cassado e se faz um cálculo dos votos válidos. Se o segundo colocado obtiver mais da metade dos votos, ele assume.
Como fica: Da mesma maneira que o modelo atual. A Câmara rejeitou mudança, aprovada pelo Senado, que fixava eleição direta para a escolha dos substitutos de prefeitos, governadores e presidente da República cassados por crimes eleitorais.
Doação oculta
Como é: A lei eleitoral em vigor estabelece 12 restrições para doações diretas aos candidatos, o que acabou instituindo a doação oculta. Para burlar as regras, entidades como concessionárias, sindicatos, entidades beneficentes e religiosas, ONGs, por exemplo, que recebam recursos públicos e empresas esportivas que recebam financiamento público acabam fazendo doações para partidos, que passam os recursos para os candidatos.
Como fica: Os parlamentares oficializaram a chamada doação oculta permitindo que pessoas físicas e jurídicas, como igreja, agremiações esportivas e ONGs façam repasses de forma ilimitada a partidos políticos para que as siglas encaminhem os recursos para os candidatos.
Voto impresso
Como é: A votação é feita apenas em urnas eletrônicas e, em caso de defeito do equipamento, a Justiça Eleitoral utiliza cédula de papel.
Como fica: A Câmara manteve o voto impresso ao determinar que, a partir das eleições de 2014, 2% das urnas devem ter um dispositivo para permitir a impressão do voto e garantir uma futura auditoria da Justiça Eleitoral.
Anúncios na internet
Como é: Atualmente, os candidatos são proibidos de publicar anúncios pagos na internet.
Como fica: A proibição aos candidatos para a publicação de anúncios na internet vai continuar. O Senado havia permitido que os candidatos à Presidência da República pudessem publicar até 24 anúncios pagos em sites jornalísticos durante a campanha eleitoral, com limite máximo de ocupação de um oitavo da página, mas a Câmara rejeitou a mudança.
Debates em rádio, TV e internet
Como é: As emissoras são obrigadas a convidar todos os candidatos filiados a partidos que têm representação na Câmara dos Deputados para participarem dos debates.
Como fica: O texto estabelece que todos os candidatos de partidos que tenham representes na Câmara devem ser convidados para os debates. Pelo menos dois terços dos candidatos precisam concordar com as regras do debate, sem a necessidade de unanimidade. As emissoras, sites e rádios podem chamar os candidatos em blocos de, no mínimo, três --sem a necessidade de que todos estejam presentes ao mesmo tempo.
Ficha limpa
Como é: Não há restrições para o registro de candidatos que respondem a processos na Justiça em casos nos quais não houve sentença definitiva.
Como fica: A lei eleitoral continuará sem restrições às candidaturas dos políticos. A Câmara rejeitou emenda, do Senado, que previa 'reputação ilibada e idoneidade moral' na disputa dos cargos. Qualquer candidato, mesmo que responda a processos na Justiça, poderá ser candidato.
Pesquisas
Como é: Não há regra definida para os institutos de pesquisa. Cada um tem a liberdade de fixar critérios para a realização das sondagens eleitorais.
Como fica: A lei eleitoral continuará sem regras definidas para a realização de pesquisas eleitorais.
Doações
Como é: Pela regra em vigor, as doações podem ser feitas por meio de depósitos identificados ou transferência eletrônica.
Como fica: Da mesma maneira que o modelo atual. O Senado havia autorizado a doação para campanhas eleitorais via internet, telefone, cartão de crédito, por meio de boleto bancário ou de cobrança na conta telefônica, mas a Câmara rejeitou as mudanças.
Fonte:Folha Online
Veja como ficou o texto final da reforma eleitoral aprovada pelo Congresso:
Campanha na internet
Como é: Uma resolução editada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permite campanha eleitoral na internet apenas nos sites oficiais dos candidatos ou partidos.
Como fica: O Congresso aprovou a reforma eleitoral sem restrições à internet no período de campanhas eleitorais. Os parlamentares aprovaram emenda que libera a atuação de sites jornalísticos, blogs e sites de relacionamentos durante as campanhas. Há apenas a proibição do anonimato aos jornalistas e a garantia de direito de resposta aos candidatos que se sentirem ofendidos. Os sites também podem realizar debates entre os candidatos sem as regras aplicadas às rádios e televisões.
Propaganda política na internet
Como é: Os sites oficiais dos candidatos ou partidos têm que sair do ar 48 horas antes da disputa e só podem ser reativados 24 horas depois do pleito.
Como fica: Os parlamentares tiraram da reforma o artigo que proibia a veiculação de propaganda política na internet desde 48 horas antes do pleito até 24 horas depois da eleição. Pelo texto aprovado, os candidatos podem fazer propaganda em seus sites oficiais, ou dos partidos, mesmo no dia da eleição.
Cassação de mandatos
Como é: Não existe lei. O TSE fixou um entendimento de que quando um político eleito em primeiro turno for cassado, o Estado ou município deve realizar uma nova eleição direta. Nos casos em que a disputa foi decidida em segundo turno, geralmente, o segundo colocado assume o mandato. No entanto, se a perda do mandato for determinada após o político ter cumprindo dois anos de mandato, o novo ocupante deve ser indicado pela Assembleia Legislativa local. Quando o político cassado não teve mais da metade dos votos [geralmente em caso de segundo turno], se anula os votos do cassado e se faz um cálculo dos votos válidos. Se o segundo colocado obtiver mais da metade dos votos, ele assume.
Como fica: Da mesma maneira que o modelo atual. A Câmara rejeitou mudança, aprovada pelo Senado, que fixava eleição direta para a escolha dos substitutos de prefeitos, governadores e presidente da República cassados por crimes eleitorais.
Doação oculta
Como é: A lei eleitoral em vigor estabelece 12 restrições para doações diretas aos candidatos, o que acabou instituindo a doação oculta. Para burlar as regras, entidades como concessionárias, sindicatos, entidades beneficentes e religiosas, ONGs, por exemplo, que recebam recursos públicos e empresas esportivas que recebam financiamento público acabam fazendo doações para partidos, que passam os recursos para os candidatos.
Como fica: Os parlamentares oficializaram a chamada doação oculta permitindo que pessoas físicas e jurídicas, como igreja, agremiações esportivas e ONGs façam repasses de forma ilimitada a partidos políticos para que as siglas encaminhem os recursos para os candidatos.
Voto impresso
Como é: A votação é feita apenas em urnas eletrônicas e, em caso de defeito do equipamento, a Justiça Eleitoral utiliza cédula de papel.
Como fica: A Câmara manteve o voto impresso ao determinar que, a partir das eleições de 2014, 2% das urnas devem ter um dispositivo para permitir a impressão do voto e garantir uma futura auditoria da Justiça Eleitoral.
Anúncios na internet
Como é: Atualmente, os candidatos são proibidos de publicar anúncios pagos na internet.
Como fica: A proibição aos candidatos para a publicação de anúncios na internet vai continuar. O Senado havia permitido que os candidatos à Presidência da República pudessem publicar até 24 anúncios pagos em sites jornalísticos durante a campanha eleitoral, com limite máximo de ocupação de um oitavo da página, mas a Câmara rejeitou a mudança.
Debates em rádio, TV e internet
Como é: As emissoras são obrigadas a convidar todos os candidatos filiados a partidos que têm representação na Câmara dos Deputados para participarem dos debates.
Como fica: O texto estabelece que todos os candidatos de partidos que tenham representes na Câmara devem ser convidados para os debates. Pelo menos dois terços dos candidatos precisam concordar com as regras do debate, sem a necessidade de unanimidade. As emissoras, sites e rádios podem chamar os candidatos em blocos de, no mínimo, três --sem a necessidade de que todos estejam presentes ao mesmo tempo.
Ficha limpa
Como é: Não há restrições para o registro de candidatos que respondem a processos na Justiça em casos nos quais não houve sentença definitiva.
Como fica: A lei eleitoral continuará sem restrições às candidaturas dos políticos. A Câmara rejeitou emenda, do Senado, que previa 'reputação ilibada e idoneidade moral' na disputa dos cargos. Qualquer candidato, mesmo que responda a processos na Justiça, poderá ser candidato.
Pesquisas
Como é: Não há regra definida para os institutos de pesquisa. Cada um tem a liberdade de fixar critérios para a realização das sondagens eleitorais.
Como fica: A lei eleitoral continuará sem regras definidas para a realização de pesquisas eleitorais.
Doações
Como é: Pela regra em vigor, as doações podem ser feitas por meio de depósitos identificados ou transferência eletrônica.
Como fica: Da mesma maneira que o modelo atual. O Senado havia autorizado a doação para campanhas eleitorais via internet, telefone, cartão de crédito, por meio de boleto bancário ou de cobrança na conta telefônica, mas a Câmara rejeitou as mudanças.
Fonte:Folha Online
terça-feira, 15 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Economia
IGP-DI surpreende e sobe 0,09% com alta de preços no atacado
REUTERS
SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) contrariou as expectativas do mercado de uma nova deflação e registrou alta em agosto após dois meses seguidos de queda.
O indicador subiu 0,09% em agosto, ante queda de 0,64% em julho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
Dezoito analistas consultados pela Reuters previam queda de 0,10%. Os prognósticos oscilaram de baixa de 0,23 a 0,05%.
Entre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve alta de 0,07% em agosto, seguindo a baixa de 1,16% no mês anterior.
O IPA agrícola fechou o mês com variação positiva de 0,01%, contra baixa anterior de 2,57%. O IPA industrial avançou 0,10%, ante declínio de 0,69% em julho.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,20% em agosto, contra avanço de 0,34% em julho.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve baixa de 0,05% no mês passado, ante alta de 0,26% no anterior.
Fonte:JB
REUTERS
SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) contrariou as expectativas do mercado de uma nova deflação e registrou alta em agosto após dois meses seguidos de queda.
O indicador subiu 0,09% em agosto, ante queda de 0,64% em julho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
Dezoito analistas consultados pela Reuters previam queda de 0,10%. Os prognósticos oscilaram de baixa de 0,23 a 0,05%.
Entre os componentes do IGP-DI, o Índice de Preços por Atacado (IPA) teve alta de 0,07% em agosto, seguindo a baixa de 1,16% no mês anterior.
O IPA agrícola fechou o mês com variação positiva de 0,01%, contra baixa anterior de 2,57%. O IPA industrial avançou 0,10%, ante declínio de 0,69% em julho.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,20% em agosto, contra avanço de 0,34% em julho.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve baixa de 0,05% no mês passado, ante alta de 0,26% no anterior.
Fonte:JB
Sonhos Adiados
Eu fui uma daquelas pessoas que dava asas à imaginação e se deixava embalar por sonhos coloridos, mas não sofria com a sua não realização no momento; ao contrario, projetava-os, agendava-os segura de que no momento certo eles haveriam de se materializar. Ainda me comprazia com os acessórios que ia neles colocando.
Sonhava com pequenas coisas - desde entrar em supermercados e comprar todas aquelas comidas, bebidas de preços proibitivos, sem me preocupar com estouros no orçamento; sonhava em não ter que me limitar ao consumo de frutas e verduras de época, em razão dos custos.
Esta revelação, talvez leve algum leitor a rir-se de mim enquanto se pergunta: sonhar em comprar comidas, com tantas coisas fantásticas para serem objetos de sonho, no mínimo cheira a pieguices. Não, aquilo que representa façanha para um, pode ser entendido como rotina para outro. O herói, afinal não é aquele que faz o que está dentro dos seus limites?
Bem, passemos aqueles que mexem com a nossa vaidade desfrutar da segurança, do ar condicionado dos “shoppings”, olhar as belas vitrines, as pessoas bonitas, saudáveis, bem vestidas, aparentemente de posse, como se o adjetivo “feio” fosse apenas uma invenção do Aurélio e só dele contasse.
Entrar nas livrarias, comprar os mais vendidos da semana e ter tempo para lê-los; comprar aqueles CDs que mexem com a minha emoção e ter tempo para ouvi-los, enfim andar pelos intermináveis corredores deste mercado de luxo a exibir sacolas de “griffes” que denunciam a condição, principalmente financeira do homem globalizado.
Mas, os meus vôos eram bem mais altos, não podiam ser comparados aos da gaivota, eram vôos de águias em sua segunda fase da vida, aquela conhecida como a do renascimento. Eu compraria livros e revistas, acessaria “sites” tudo especializado em viagens e me lançaria, tal qual um foguete da Nasa, pelo mundo.
Contemplaria paisagens conheceria pessoas, admiraria o belo, o feio, curtiria curiosidades, deixar-me ia consumir pela arte, pela cultura de cada povo, beberia a geografia que me era custosa no colégio, comeria comidas exóticas, dormiria em camas diferentes e... é ... vocês haverão de estranhar, mas todas as manhãs, ao despertar, realizaria um sonho alimentado todos os dias da minha vida em que me movimentei ao ritmo de ponteiros miseráveis, algozes humanos o de um rico café, sem pressa, com o requinte de leitura de jornais.
Todavia, eu já passei dos 60 anos e tenho muita pressa, pois sei que o tempo urge para o homem a partir da sua 5° década e os sonhos vão se constituindo utopia. Porém, o pior disso tudo é o desbotamento dos meus sonhos eles perderam um pouco da cor que ostentavam nos meus dias de jovem.
Então, no momento em que os cheiros da aposentadoria recendem na minha vida, eu já aproveito para pensar em uma atividade que reforce meu orçamento, pois será indispensável à compra de medicamentos tão comuns ao homem de 3° idade.
E os sonhos? Bem, uma casa que tenha parapeito na janela onde eu possa colocar vasos de lindos gerânios, a fotografia dos netos e uma televisão nova, dessas de controle remoto para não me exigir muitos movimentos.
Ah! Faltou algo? O café da manha? Agora já não da mais. Eu faço dietas gordura e glicose alterados, para usar um eufemismo e bem poucas coisas posso comer. E quanto ao jornal, a catarata que recobre o azul dos meus olhos me impede de ler. Então, fica para a próxima, quem sabe.
E você, diferentemente de mim, tem alguma apólice de seguro contra o tempo, contra a morte?
Julieta de O. Andrade, Florianópolis.
Sonhava com pequenas coisas - desde entrar em supermercados e comprar todas aquelas comidas, bebidas de preços proibitivos, sem me preocupar com estouros no orçamento; sonhava em não ter que me limitar ao consumo de frutas e verduras de época, em razão dos custos.
Esta revelação, talvez leve algum leitor a rir-se de mim enquanto se pergunta: sonhar em comprar comidas, com tantas coisas fantásticas para serem objetos de sonho, no mínimo cheira a pieguices. Não, aquilo que representa façanha para um, pode ser entendido como rotina para outro. O herói, afinal não é aquele que faz o que está dentro dos seus limites?
Bem, passemos aqueles que mexem com a nossa vaidade desfrutar da segurança, do ar condicionado dos “shoppings”, olhar as belas vitrines, as pessoas bonitas, saudáveis, bem vestidas, aparentemente de posse, como se o adjetivo “feio” fosse apenas uma invenção do Aurélio e só dele contasse.
Entrar nas livrarias, comprar os mais vendidos da semana e ter tempo para lê-los; comprar aqueles CDs que mexem com a minha emoção e ter tempo para ouvi-los, enfim andar pelos intermináveis corredores deste mercado de luxo a exibir sacolas de “griffes” que denunciam a condição, principalmente financeira do homem globalizado.
Mas, os meus vôos eram bem mais altos, não podiam ser comparados aos da gaivota, eram vôos de águias em sua segunda fase da vida, aquela conhecida como a do renascimento. Eu compraria livros e revistas, acessaria “sites” tudo especializado em viagens e me lançaria, tal qual um foguete da Nasa, pelo mundo.
Contemplaria paisagens conheceria pessoas, admiraria o belo, o feio, curtiria curiosidades, deixar-me ia consumir pela arte, pela cultura de cada povo, beberia a geografia que me era custosa no colégio, comeria comidas exóticas, dormiria em camas diferentes e... é ... vocês haverão de estranhar, mas todas as manhãs, ao despertar, realizaria um sonho alimentado todos os dias da minha vida em que me movimentei ao ritmo de ponteiros miseráveis, algozes humanos o de um rico café, sem pressa, com o requinte de leitura de jornais.
Todavia, eu já passei dos 60 anos e tenho muita pressa, pois sei que o tempo urge para o homem a partir da sua 5° década e os sonhos vão se constituindo utopia. Porém, o pior disso tudo é o desbotamento dos meus sonhos eles perderam um pouco da cor que ostentavam nos meus dias de jovem.
Então, no momento em que os cheiros da aposentadoria recendem na minha vida, eu já aproveito para pensar em uma atividade que reforce meu orçamento, pois será indispensável à compra de medicamentos tão comuns ao homem de 3° idade.
E os sonhos? Bem, uma casa que tenha parapeito na janela onde eu possa colocar vasos de lindos gerânios, a fotografia dos netos e uma televisão nova, dessas de controle remoto para não me exigir muitos movimentos.
Ah! Faltou algo? O café da manha? Agora já não da mais. Eu faço dietas gordura e glicose alterados, para usar um eufemismo e bem poucas coisas posso comer. E quanto ao jornal, a catarata que recobre o azul dos meus olhos me impede de ler. Então, fica para a próxima, quem sabe.
E você, diferentemente de mim, tem alguma apólice de seguro contra o tempo, contra a morte?
Julieta de O. Andrade, Florianópolis.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
sábado, 5 de setembro de 2009
Original
Seja você mesmo não invente, várias empresas querem
robotizar os vendedores,fica horrível,seja original pois
alguns clientes percebem quando a coisa é falsa.
robotizar os vendedores,fica horrível,seja original pois
alguns clientes percebem quando a coisa é falsa.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Um novo gigante no mercado imobiliário
REUTERS
DA REDAÇÃO - A união de três imobiliárias – Abyara, Agra e Klabin Segall , anunciada quarta-feira, dá origem uma companhia que em 2008 liderou o mercado brasileiro em vendas contratadas de imóveis e que será uma das três maiores empresas do setor no país em receita.
A operação, que envolve a Veremonte Participações, do empresário espanhol Enrique Bañuelos, criará a Amazon Group Real Estate (Agre), uma companhia que teria no final de junho valor de mercado de R$ 2,3 bilhões, patrimônio líquido de R$ 1,5 bilhão e banco de terrenos de R$ 19 bilhões.
Mais de 80% dos terrenos da Agre estão nas regiões Sudeste e Nordeste e se destinam a empreendimentos voltados ao público de renda média e média-alta, que na classificação da empresa corresponde a imóveis com preços a partir de R$ 2.300 por metro quadrado.
– Para nossa grata surpresa, a Klabin Segall tem posição importante no Rio de Janeiro que não tínhamos em Agra. A Abyara também tem posição forte no Sul e Agra tem posição relevante no Nordeste e Norte – afirmou o atual presidente da Agra, Luiz Horst Pinto, que ocupará o mesmo posto na Agre.
Segundo o executivo, a Agre surgirá com um caixa "confortável" de cerca de US$ 700 milhões, após aumento de capital de R$ 100 milhões, promovido pela Abyara e venda de ativos por parte de Agra e Klabin Segall. Essas operações vão incrementar o caixa conjugado das três empresas, que atualmente está em R$ 304 milhões.
– Klabin Segall e Abyara já estão equilibradas. A Agra está mais folgada. Isso ajuda, já que vemos no segundo semestre volume significativo de lançamentos – afirmou o executivo em teleconferência com analistas, sem dar detalhes dos lançamentos.
Horst afirmou que a Agre tem pouco interesse em reforçar o caixa com emissão de dívida, mas não descartou uma oferta de ações.
– É claro que, com o novo tamanho da empresa, aparece possibilidade grande de buscarmos alguma nova capitalização – disse.
Como parte do processo de criação da nova empresa, a Agra passou à Veremonte toda a participação que tinha indiretamente em Abyara e Klabin Segall, por R$ 189 milhões em dinheiro.
Como a Cyrela tem participação na Agra, no final do processo terá uma fatia de 11% na Agre. O grupo de gestão da Agra terá outros 11% e a Veremonte, 24%. Segundo Horst, Veremonte e Cyrela se comportarão apenas como investidores da Agre.Fonte_ Jornal do Brasil
DA REDAÇÃO - A união de três imobiliárias – Abyara, Agra e Klabin Segall , anunciada quarta-feira, dá origem uma companhia que em 2008 liderou o mercado brasileiro em vendas contratadas de imóveis e que será uma das três maiores empresas do setor no país em receita.
A operação, que envolve a Veremonte Participações, do empresário espanhol Enrique Bañuelos, criará a Amazon Group Real Estate (Agre), uma companhia que teria no final de junho valor de mercado de R$ 2,3 bilhões, patrimônio líquido de R$ 1,5 bilhão e banco de terrenos de R$ 19 bilhões.
Mais de 80% dos terrenos da Agre estão nas regiões Sudeste e Nordeste e se destinam a empreendimentos voltados ao público de renda média e média-alta, que na classificação da empresa corresponde a imóveis com preços a partir de R$ 2.300 por metro quadrado.
– Para nossa grata surpresa, a Klabin Segall tem posição importante no Rio de Janeiro que não tínhamos em Agra. A Abyara também tem posição forte no Sul e Agra tem posição relevante no Nordeste e Norte – afirmou o atual presidente da Agra, Luiz Horst Pinto, que ocupará o mesmo posto na Agre.
Segundo o executivo, a Agre surgirá com um caixa "confortável" de cerca de US$ 700 milhões, após aumento de capital de R$ 100 milhões, promovido pela Abyara e venda de ativos por parte de Agra e Klabin Segall. Essas operações vão incrementar o caixa conjugado das três empresas, que atualmente está em R$ 304 milhões.
– Klabin Segall e Abyara já estão equilibradas. A Agra está mais folgada. Isso ajuda, já que vemos no segundo semestre volume significativo de lançamentos – afirmou o executivo em teleconferência com analistas, sem dar detalhes dos lançamentos.
Horst afirmou que a Agre tem pouco interesse em reforçar o caixa com emissão de dívida, mas não descartou uma oferta de ações.
– É claro que, com o novo tamanho da empresa, aparece possibilidade grande de buscarmos alguma nova capitalização – disse.
Como parte do processo de criação da nova empresa, a Agra passou à Veremonte toda a participação que tinha indiretamente em Abyara e Klabin Segall, por R$ 189 milhões em dinheiro.
Como a Cyrela tem participação na Agra, no final do processo terá uma fatia de 11% na Agre. O grupo de gestão da Agra terá outros 11% e a Veremonte, 24%. Segundo Horst, Veremonte e Cyrela se comportarão apenas como investidores da Agre.Fonte_ Jornal do Brasil
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