quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pesquisas

Idéia da censura

Quem orientou o candidato Beto Richa (PSDB) a censurar as pesquisas no Paraná foi o ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB). Recomendação seguida ao pé da letra.

Argumento

Os resultados das urnas, que lhe deram ampla vantagem na eleição, e não previsto na única pesquisa do Ibope que o Tribunal Superior Eleitoral liberou, é o principal argumento que o governador eleito Beto Richa utiliza para afirmar que estava certo em censurar as nove pesquisas nos últimos 15 dias de campanha no Paraná.

Quem censura, nunca está certo. A censura, no caso, foi o elemento mais importante para sustentar a estratégia da campanha tucana para conter o avanço adversário. Deu certo, inegavelmente.

Outras pesquisas

Três perguntas básicas devem ser respondidas pelo governador eleito Beto Richa sobre a censura no Paraná:

1) Por que a coordenação da campanha tucana só localizou defeitos nos números dos institutos de pesquisa depois que foi registrada a redução da diferença entre ele e Osmar Dias (PDT)?

2) Por que a campanha tucana divulgou em pleno horário eleitoral gratuito que o então prefeito Beto Richa fora apontado como o melhor do Brasil dez vezes pelos mesmos institutos de pesquisa responsáveis pelas pesquisas eleitorais?

3) As tais pesquisas também não influenciaram a decisão do eleitor?

Conclusão

Essa história de censura e pesquisas no Paraná lembra a filosofia daquele ministro de FHC, o Rubens Ricupero, que resumiu tudo em uma frase, infelizmente captada pelos microfones do Bom Dia Brasil, da TV Globo: “o que é bom o governo mostra, o que é ruim, o governo esconde”.
O ministro perdeu o cargo por essa frase tão verdadeira quanto eficaz.
(Ruth Bolognese)

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