terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Estudo aponta causas do fracasso das pequenas empresas

OK, você resolveu abrir um negócio e conquistar sua independência. Parabéns. Além de todo o empenho necessário para tirar a sua empresa do papel, é importante preparar-se também para o desafio de mantê-la aberta. Isso porque um grande número de micro e pequenas empresas encerram suas atividades antes de completarem um ano de vida, resultado de uma série de erros comuns, que quando somados, podem acarretar o fechamento definitivo do empreendimento e transformar em pesadelo o sonho de ser dono do próprio negócio. Durante dez anos, o Observatório das MPEs do Sebrae-SP monitorou a mortalidade das empresas e descobriu seis conjuntos de fatores contribuintes para o encerramento prematuro de empresas, que vão desde a falta de conhecimento sobre o investimento mínimo necessário até a ausência de planejamento adequado e as dificuldades na administração do caixa.

O fim das atividades destas empresas tem uma repercussão negativa não só no mercado, mas também na vida do empresário, em consequência das perdas financeiras e problemas de auto-estima. O estudo aponta que cerca de 78% dos empreendedores que são forçados a encerrar o seu negócio perderam parte ou tudo o que foi investido, e somente 23% deles recuperam tudo o perderam. Veja a seguir com mais detalhes quais são os fatores mais comuns que acarretam o fechamento das micro e pequenas empresas.


Seis fatores

1) Ausência de um comportamento empreendedor
As características empreendedoras (conhecimentos, habilidades e atitudes do empresário) apresentaram uma pequena melhora de acordo com o estudo, mas ainda precisam ser melhor trabalhadas. A participação em cursos sobre empreendedorismo é uma das recomendações que podem fazer toda a diferença na hora de administrar o próprio negócio.

2) Ausência de um planejamento prévio adequado
Falta de planejamento antes da abertura do negócio é um dos fatores mais decisivos no sucesso ou fracasso de micro e pequenas empresas. A participação em cursos é também importante neste quesito. Mais tempo e maior profundidade na realização do planejamento também foram ações recomendadas pelo estudo.

3) Deficiências no processo de gestão empresarial
Ações eficientes de gestão ainda estão em baixa na rotina das micro e pequenas empresas brasileiras. O aperfeiçoamento de produtos, fluxo de caixa, investimento em propaganda e divulgação, gestão de custos e busca de apoio são algumas delas.

4) Insuficiência de políticas públicas de apoio aos pequenos negócios
O estudo aponta que as políticas de apoio evoluíram positivamente nos últimos 10 anos, mas recomenda que sejam aperfeiçoadas. Redução do peso dos impostos e da burocracia, ampliação do crédito para a produção e maior acesso às compras governamentais são alguns exemplos de melhorias esperadas para os próximos anos.

5) Dificuldades decorrentes da conjuntura econômica
A conjuntura econômica melhorou para o empreendedorismo, mas é preciso haver continuidade no crescimento da economia, na estabilidade de preços e planos econômicos, e na recuperação do poder aquisitivo dos trabalhadores.

6) Impacto dos problemas pessoais sobre o negócio
Os problemas pessoais de proprietários e seus sócios continuam afetando as pequenas empresas. Os mais comuns são problemas de saúde, particulares e com sócios; sucessão empresarial e vítimas de criminalidade. Mais profissionalismo, melhor divisão de tarefas, maior delegação de responsabilidades e separação da vida pessoal dos negócios podem reduzir o impacto desses problemas na empresa.
Fonte:Rpegn.

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