sábado, 30 de novembro de 2013

O pote rachado


Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessado em seu pescoço.

Um dos potes tinha uma rachadura. Enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe, o pote rachado chegava apenas com a metade da água.

Foi assim por dois anos, diariamente: o carregador entregando um pote e meio de água na casa do chefe.

Claro que o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações.

Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas metade do que ele havia designado a fazer.

Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem, um dia a beira do poço:

- Estou envergonhado e quero pedir-lhe desculpas.-

- Por quê? – perguntou o homem, – de que você esta envergonhado? -

- Nestes dois anos eu fui capaz de entregar apenas a metade de minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu chefe. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho e não ganha o salário completo pelos seus esforços – disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão, falou: – Quando retornarmos para a casa do meu chefe, quero que percebas as flores ao longo do caminho. -

De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou as flores selvagens ao longo do caminho e isto lhe deu certo ânimo.

Mas ao final da estrada, o pote rachado ainda se sentia mal porque tinha a metade e de novo, pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse, então, o homem ao pote:


- Você notou que pelo caminho só havia flores do seu lado? Eu, ao conhecer o seu defeito, tirei vantagem dele e lancei sementes de flores no seu caminho. E cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava. Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu chefe. Sem você ser do jeito que é ele não poderia ter esta beleza para dar graça a sua casa.

Fases da vida

Quantas vezes nos precipitamos em julgar alguém e, depois de algum tempo, vemos que estávamos totalmente errados. 

É um erro grave, pois através desse equívoco, podemos jogar na “lama”, a reputação e a credibilidade de uma pessoa. 

Um pai resolveu dar bom ensinamento para seus quatro filhos. 

Mandou-os para o mesmo local, mas em diferentes épocas do ano. 

O primeiro foi no inverno, o segundo, na primavera, o terceiro, no verão e o último no outono. No final das idas dos filhos ao local, o pai os reuniu e pediu que relatassem o que tinham visto. 

O primeiro disse que as árvores eram muito feias e não tinham nenhum atrativo. 
O segundo discordou e disse que as árvores eram verdes e cheias de brotinhos. Poderiam ter um bom futuro próximo. 

O terceiro, indignado, disse que estavam totalmente errados, pois elas estavam com um aroma delicioso, floridas e lindas. 
O último filho discordou também de todos e disse que as árvores estavam cheias de frutos e que a cena era maravilhosa. 

O pai ouviu os filhos com atenção e no final do relato de todos, disse: “Na verdade, todos vocês viram as mesmas árvores, porém, em diferentes estações. E que fique a lição, meus filhos, não julguem uma árvore ou pessoas em diferentes épocas da sua vida”. 

Por isso amigos, lembrem-se sempre: Cuide das fases de sua vida e não permita que a dor de apenas uma “estação” destrua a alegria de todas as outras. 

Quanto à fase da vida das outras pessoas, não faça pré-julgamentos, pois pode estar diante de uma pessoa que se encontra no mais profundo e tenebroso “inverno”. 
Portanto: “Oriente sua mente e mude a sua vida”.

sábado, 9 de novembro de 2013

Ainda as mães meninas

Perde-se nas trevas de um passado que ninguém conheceu ou lembra a época em que nossas avós se casavam com 12 ou 13 anos de idade. Aos 14, já carregavam nos braços o primeiro filho. Nem por isso elas deixavam de dar conta da casa, de cozinhar, lavar, passar, fazer sabão, criar galinhas, amassar pão… e uma infinidade de outras obrigações. Ninguém ouvira ainda falar sobre creche, babá, “baby-sitter”, essas coisas. Com muita sorte, a mãe adolescente, se tanto, recebia ajuda de uma criança pouco mais nova do que ela – irmã, prima ou vizinha – a quem, por instantes, confiava seu nenê. Contudo, o que arrumava, muitas vezes, era nova fonte de preocupação. Essa adulta de 14 anos passava a ter duas crianças sob seus cuidados.
Passou o tempo. Os costumes mudaram. A vida hoje é diferente. Quando nos procuram para tratar de casamento, os jovens andam por volta dos 30 anos.Vez por outra, a carinha quase infantil de uma noiva me confunde. Mas já completou 28, 30 ou um pouquinho mais. Acabou o casamento de adolescentes. Se aparece noiva de 16, 18 anos, a gente aconselha a refletir mais. A retardar uma decisão tão importante para si e para tantas pessoas que a amam. Pois não há de ver que neste final de outubro os jornais trouxeram uma notícia aterradora? Saiu, com todas as letras: “Brasil gasta R$ 7 bi com gravidez na adolescência”. É conclusão de estudo das Nações Unidas. Diz que o “Brasil conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na arrecadação anual, se adolescentes adiassem a gravidez até depois dos 20 anos”. Nos países em desenvolvimento, por dia (atenção, por dia!), 70 mil meninas abaixo dos 18 anos dão à luz. Dessas, 200 morrem por complicações da gravidez ou do parto. Faz mais de 15 anos, escrevi sobre o assunto o texto “Mães meninas”. Se algo mudou foi, pelo que agora percebo, para pior. O problema não é só dos pais da garota. Afeta a sociedade por inteiro. A mesma sociedade que incentiva qualquer forma de prazer. Em especial o sexo desbragado, irresponsável.
A sociedade admite exigências para jovem dirigir automóvel. Para abrir empresa. Para usar cartão de crédito. Para assinar escritura de propriedade. Para viajar desacompanhado (a) ao Exterior. Há leis para muitas coisas que os jovens gostam de praticar, mas para as quais não estão ainda preparados. Ninguém discorda. Afinal está em jogo o bem comum, que se sobrepõe ao interesse ou ao gosto pessoal.
Em se tratando, porém, do exercício da sexualidade, aí qualquer norma é taxada de censura. Obscurantismo medieval, destruição da liberdade. Pois as pessoas têm direito de fazer o que bem entenderem. Admitem-se (até se incentivam) práticas cujas consequências as vítimas carregarão por toda a vida. Mas que ninguém se meta: as pessoas são livres!
Só um exemplo: tolera-se qualquer tipo de entretenimento para nossos jovens. Até aqueles que fazem apologia dos mais baixos instintos. Tornaram-se comuns “festas” movidas por álcool e outras drogas além de “melodias” que convidam a desfrutar da mulher como de simples objeto de prazer. Aclamam-se as garotas que se expõem, que se oferecem. Os promotores do evento pouco estão se lixando para os frutos da “diversão” que organizam. Influenciáveis como são, o(a)s adolescentes tornam-se presas fáceis nas garras desses abutres.
Sobra para os pais consertar depois o estrago. Se conseguirem.Ripado do Blog do 
Rigon.